Em nome do amor

Ela costumava se apaixonar mais. Ela costumava se apaixonar mais por sorrisos, olhadas discretas, abraços e demonstrações de cuidado. Ela costumava se apaixonar mais por beijos e palavras, por qualidades e nunca defeitos. Ela costumava notar e nunca ser notada. Ela Acostumava reconhecer que estava apaixonada.
É incrível como os anos passam rápido... A tempos atrás uma garota estava completamente apaixonada e nesse horário estava ansiosa esperando por uma ligação, mensagem que fosse e não importava se atrasasse um ou dois dias, contanto que chegasse ela já estava feliz da vida, dando sorrisos a todos e a tudo que visse pela frente. Ele era o tipo de garoto ideal.
Pobre menina... Se dedicou à uma paixão de arrancar suspiros, fazer borboletas sapatearem no estômago, provocar arrepios e nervosismo. Conselhos de amigas e pessoas experientes já não faziam sentido.
A menina boba, então percebeu e sentiu o tal do amor platônico... Nada foi mais doloroso naquele momento do que aquela sensação de tristeza e impotência diante do amor. Foram longas noites quase intermináveis de choro. Era apenas ele... enquanto para ele, ela era só mais uma.
Cansada de chorar e continuar deprimida, resolveu que já estava mais do que na hora de limpar as lágrimas e seguir em frente.

"Calma aí menina, ainda  é cedo para se prender a paixões, fica tranquila, elas são mais constantes do que você pensa. Ainda é cedo pra ficar perdidamente apaixonada e sofrer, ainda mais se for por amor. Morte interna severa! Já pensou em se amar primeiro?
As vezes nos afeiçoamos tanto às pessoas, que não nos reconhecemos mais e ficamos sem chão quando as decepções se fazem presentes. Amar a si mesmo é essencial.
Então não espere a vida passar, se permita amar de novo, de novo, de novo e de novo... se preciso quebre a cara, você se recupera. Nenhum sofrimento é para sempre. Sossega! Só não deixe de acreditar nos seus sentimentos. Declare-se. Verbalize seu amor. Não tenha medo. Arrisque-se!"

E então ela decidiu que deveria se arremessar de cabeça, corpo e alma quantas vezes fosse possível e preciso, em nome do amor.